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Filmografia - Woody Allen

A arte singular de Woody Allen

Como já foi dito certa vez sobre o ator, roteirista e diretor de cinema, os filmes de Woody Allen parecem capítulos de uma mesma obra. Entretanto, a cada estréia, o público é brindado com um novo enfoque da natureza humana, como num exercício de descoberta leve e contínuo. Os fãs de Allen se sentem bem à vontade diante daquilo que tem a sua marca. É fácil, confortante e hilário se identificar com seus personagens.

Nascido Allan Stewart Konigsberg, em 1935, na cidade de Nova York – eterno pano de fundo de suas histórias –, esse tipo franzino, tímido e desajeitado é dono de um estilo único e uma carreira pontuada de prêmios. Só  de  Oscar,  foram  3  estatuetas  e  cerca  de  20  indicações.  Seu  primeiro  grande sucesso – Noivo neurótico, noiva nervosa, de 1977, em que vive um comediante que se apaixona por uma cantora, interpretada por Diane Keaton – lhe rendeu o Oscar de melhor filme e de melhor roteiro. E, para coroar, Allen recebeu o prêmio de melhor diretor, e Keaton, o de melhor atriz.

Além de grandes estrelas de Hollywood, é freqüente Woody Allen reservar papéis a esposas e namoradas, como fez com Mia Farrow em A rosa púrpura do Cairo (1985), Hannah e suas irmãs (1986), Simplesmente Alice (1990), Neblina e sombras (1992). Aliás, contratar os mesmos atores e a mesma equipe técnica é uma prática recorrente do cineasta.

Ele é conhecido ainda por suas costumeiras e desajeitadas aparições na tela. Sempre que pode, encarna um nova-iorquino cheio de neuroses e problemas existenciais. Com quase 70 anos de idade (que vai completar em 1º de dezembro), já fez mais de 30 longas-metragens, entre os quais: Que é que há, gatinha? (o primeiro, em 1965), Tudo que você sempre quis saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar (1972), Dorminhoco (1973), Manhattan (1979), Zelig (1983), A era do rádio (1987), Crimes e pecados (1989), Tiros na Broadway (1994), Poderosa Afrodite (1995), Desconstruindo Harry (1997), Todos dizem eu te amo (1997), Poucas e boas (1999), Trapaceiros (2000) e tantos outros. Muitos o adoram, alguns não suportam suas “cutucadas”. Impossível, no entanto, é ficar indiferente quando se trata de um dos mais criativos diretores do cinema norte-american.