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Esqueça tudo o que você já ouviu sobre o Paraguai
Deixe em casa o preconceito  em relação ao nosso vizinho e tente chegar à 
Assunção, no Paraguai, como  se não soubesse a que país pertence.  Sua 
primeira impressão,  certamente, será a de uma cidade longe de se parecer com 
uma capital nacional. 
Assunção é pacata e arborizada, quase com ares de parada no tempo. Embora as ruas façam você achar o asfalto paulistano impecável, a ausência de trânsito causa inveja. Falando nisso, é surpreendente a grande concentração de Mercedes-Benz, talvez diretamente proporcional ao número de carros antigos. Os ônibus públicos parecem saídos de um set de filmagem: são velhos e coloridos, cheios de penduricalhos no vidro frontal. Circulam por ruas e avenidas próximas a bairros exclusivos de mansões. Um paradoxo atrás do outro.
 Entre no clima começando pela  parte histórica da cidade.  Ela pode ser 
          conhecida numa só empreitada,  pois não existem grandes distâncias a serem 
          percorridas.  Inicie seu  percurso pela Estação Ferroviária, que, apesar de 
          ter sido uma das primeiras da  América do Sul, hoje está desativada.  Fica do 
          lado da Plaza Uruguaya, nome  dado à praça para homenagear o Uruguai pela 
          ocasião em que esse país  devolveu ao Paraguai objetos saqueados durante a 
          guerra de 1870. 
 Depois, uma parada na Igreja  Catedral e logo você estará no principal 
          atrativo do city tour: o  Palácio do Governo.  De costas para o Rio Paraguai e 
          com um jardim imenso e bem  cuidado, foi construído por Francisco Solano 
          López para ser sua  residência, lá pelo ano de 1860.  Seu formato lembra uma 
          ferradura.  Em 1894, o  presidente Juan B.  Egusquiza se instalou ali e, a 
          partir daí, o palácio virou  sede governamental.  Do outro lado da rua, a Casa 
          Viola, que conserva sua  estrutura original de 1750 e representa uma das 
          poucas edificações ainda  preservadas. 
 Outra atração histórica é o  Palácio Legislativo, prédio da época dos 
          jesuítas cujo antigo nome –  Casa dos Governadores – faz referência a 
          ditadores espanhóis que o  ocuparam, entre eles o supremo d.  Gaspar R. de 
          Francia.  Sua praça  ostenta um dos maiores marcos da história atual do país, 
          de um capítulo entitulado  "Marzo Paraguayo".  O ano era 1998, o mês, março, e 
          numa manifestação popular  sete estudantes foram mortos por um 
          franco-atirador, na frente de  câmeras de tevê.  Até hoje o episódio causa 
          comoção e discute-se de onde  teriam partido os tiros.  De qualquer maneira, 
          os nomes dos jovens estão lá,  imortalizados em forma de monumento.  Da praça 
          se vê a Câmara dos Deputados,  que já foi seminário, quartel-general e escola 
          militar.  
 Perto dali ficam o Porto de  Assunção (fluvial) e a Recova, mercadão de 
          artesanato e ponto de parada  obrigatória de turistas.  Você encontrará à 
          venda artigos de palha, couro  e tecidos coloridos.  Um vendedor ambulante 
          oferece relógios imitação de  marcas famosas. 
          Ambas as construções são bem  antigas e pouco há para se fazer nelas, além de 
          observar e fotografar a  arquitetura e o movimento do comércio.  Essa pode ser 
          uma boa hora para tentar  ouvir o guarani, segunda língua do país.  Os mais 
          velhos ainda o falam, e em  algumas escolas faz parte do currículo.          
Na rota do
          shopping
          
          Se o que você procura é  comprar, vamos aos endereços.  Bebidas serão 
          encontradas nas redondezas do  porto, na Whisky House.  Fica na Garibaldi com 
          Presidente Franco.   Pode-se dizer que é um dos lugares mais confiáveis da 
          cidade, mas existem outras  opções bem próximas. 
Não deixe de ir a um dos dois maiores shoppings – Del Sol e Mariscal López – ou fique entre as principais ruas comerciais do centro: Palma e Estrella. Na esquina da Estrella com a Quinze de Agosto está o Unicentro e, ao lado, a Galeria Central. O primeiro é uma loja de departamentos que concentra principalmente perfumaria, artigos esportivos e tecidos. Na galeria, um paraíso de eletrônicos. O mais indicado é percorrer a pé a região. Logo chega-se à calçada da Rua Mariscal Estigarribia, que abriga diversas óticas.
Atravesse a rua e você estará  em mais um ponto histórico: o Panteão dos 
          Heróis.  Trata-se de uma  homenagem à Virgem de Assunção; agora, a obra também 
          guarda as cinzas de figuras  importantes como o mariscal (marechal) López.  A 
          construção da capela à Virgem  começou em 1863 e a inauguração de todo o 
          conjunto arquitetônico só  ocorreu em 1936, quando foi finalizado.  Para 
          arrematar a excursão  cultural, uma passada na Praça da Democracia (na mesma 
      direção), palco de passeatas  e de uma feira artesanal.