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O barato de Buenos aires
A cadência dramática do tango mais do que nunca embala o povo argentino. As tevês e os jornais do mundo inteiro estouram imagens e manchetes de uma crise socioeconômica sem precedentes. Mas nada disso é notado pelo turista que visita Buenos Aires, a capital da Argentina e de todos os males que sofrem "nossos hermanos". As ruas fora do microcentro estão tranqüilas. Um acréscimo de 2 mil policiais, que ganharam meio de transporte especial (motos adaptadas com a inscrição "Polícia Turística"), asseguram o clima de normalidade
Com a desvalorização do peso, o bolso do turista se esvazia em compras na mesma proporção em que a mala se enche. Tem de haver espaço para roupas de grife e de outlets, artigos de couro, objetos de decoração e o que mais couber na bagagem. A Argentina é sinônimo de promoção para o brasileiro.
E os portenhos sabem disso. "Para o Brasil, Buenos Aires tem tudo para ser o principal destino no exterior", afirma Ruben Eduardo Ali, diretor-geral da Secretaria de Turismo e Esportes da República Argentina no País. As razões? "Distância, diversidade de atrações, qualidade de serviços", enumera Ali, que não ignora o nosso interesse em fazer compras lá.
O diretor garante que o  turismo hoje recebe tratamento de "principal produto 
          de exportação" da  Argentina.  E o brasileiro é consumidor campeão da América 
          do Sul.  O país recebeu  400 mil em 2001, espera 600 mil em 2002 e o objetivo 
          do governo é elevar a cifra  para 1 milhão em três anos. Quem faz agora o 
      convite à visita é o diretor,  mas pode-se considerar de todos os argentinos: bem-vindos sejam os vizinhos!