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se eu digo nao, você sabe do que estou falando

dentro da concha a gente se protege de pessoa doida. que liga e nao questiona. se pergunta "tudo bem?", nao quer resposta, nao se iluda! acha que você é um ponto no ibope. ou uma orelha aberta, apenas. entao na verdade nao liga, nao conta. quem conta a gente sabe, mas nao conta. e no fim é tudo um grande faz-de-conta. somos todos sozinhos desde a placenta. tanto faz se ninguém se importa. pois nao se pode esperar que haja interesse ou resposta. as interrogaçoes povoam o interior do casulo de pedra, tomam conta. vira sempre um empurra-empurra, até que se explode, enche o céu, cai por terra e machuca. olha pra trás e nao se encontra. nada explica. nada mais emociona. nao acredita. cuidado, nao se exponha! mostrar-se é quase pedir me mate, se nao tiver amor. e nao tem, nao, nao tem. nao é assim que se conquista, lembra?, as pessoas sao doidas. e você também, sua mae amém, terapia tá caro, fala com a parede e questiona. quem sabe surge um ponto no meio do branco do nada que sugere um jeito de se acertar as contas? debater sozinho é se bater sem porrada, e sem porrada inês é viva. se há vida há soluçao -- quem arrisca duvidar? o último que o fez está na constelaçao de libra, trocando lâmpada. tá melhor que a gente... que tá na concha já sufocando, querendo sair fora, puxar o carro, se jogar nesse mundo-zona. nao te contaram que você é da vida? aceita migalha por um servicinho, o cliente que manda! nao vem dizer que nao sabia. nao faz essa cara de "eu sou diferente, eu tô em outra". satisfaction, babe, a eterna busca. nem vem com esse papo de amor que nao cola. ame-se e seja feliz com o espelho, ele te basta. poupe-nos de todo egoísmo, prepotência, arrogância. passei batido pra nao sentar a mao na sua cara. disse oi quando queria dizer se foda. nao, nao, nao. nao preciso de ajuda. nem todos os naos deste texto precisam de til para que você entenda.

Domingo, Abril 29, 2007