A sorte
Imagino a sorte como uma senhora robusta que te oferece colo sempre que você se sente abandonado.
Se você sente a boca amarga, ela lhe dá um gostoso caramelo. Se está com fome, aliás, tira da bolsa um sanduíche simples, porém saboroso.
A sorte aparece quando uma gota de suor escorre em seu rosto e você não acha a sombra. Ela assopra em sua direção bem leve, só pra você lembrar de como seria estar na praia, sentindo uma boa brisa.
Você está triste? Ela lhe conta uma anedota. Desesperado? Nada como seu consolo amigo.
Ela está sempre perto mas você não a vê. Ela chega você não sabe de onde. E rapidinho ela vai embora, antes que perca de vista seu monitorado, um rapaz franzino chamado azar.
Quarta-feira, Fevereiro 18, 2004