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Quando a mala deixa de ser um peso

Definitivamente, carregar as malas não é a parte mais interessante da
viagem.  Sabendo disso, os fabricantes aprimoram seus modelos e lançam a cada temporada novidades que facilitam essa tarefa.  E, com uma boa escolha, elas se transformam em verdadeiros aliados do turista.

Tudo deve ser levado em conta: rodas, cadeado, alças, zíper, quantidade e
disposição de divisórias.  E, é claro, esses itens influenciam no custo do
produto.  Mas não se preocupe, existem boas soluções para todos os bolsos.  O preço acompanha a variedade de modelos, de R$ 80 (bagagem de bordo) a R$ 1.800 (de fibra em tamanho grande).

Voltam com tudo as frasqueiras, indispensáveis para a mulher carregar cosméticos, remédios e badulaques.  E no formato original – quadradinhas. Outra tendência é a mala de bordo (encontrada nas lojas exatamente com esse nome).  Ela cabe no compartimento do avião, não é preciso despachá-la.  Boa para acomodar uma muda de roupa e pequenos objetos necessários à mão.

Cuidado para não se perder: os modelos disponíveis são muitos.  Por isso, na hora de escolher o seu, o primeiro ponto é ter em mente o tipo de viagem em que a bagagem será utilizada – ou seja, o estilo (a passeio ou negócios), o tempo de permanência e o clima do lugar (se é frio, exige mais espaço para os casacos).  Isso já elimina alguns.  

Mais que detalhes
Partindo daí, vamos aos acessórios existentes.  O diferencial da mala está
não só na sua marca, mas principalmente no acabamento.  Fique atento aos detalhes, importantíssimos.  Verifique o modo de fechar e a costura. Quanto mais zíperes, melhor – eles ajudam no manuseio e na organização dos pertences.  Há bolsos para sapatos, em tela para roupas íntimas, externos para cosméticos...  

Malas que já vêm com cadeados são bem práticas.  Mas atenção se você for uma pessoa distraída.  Esquecer o número do segredo significa ter de testar todas as combinações possíveis.  Outro dispositivo útil é o expansor, espécie de parte embutida que, se usada, aumenta o espaço para a bagagem. É um acessório imprescindível para quem não costuma refrear seus impulsos consumistas durante a viagem.

Um pormenor essencial são as cantoneiras, que reforçam as laterais contra o joga-joga que a bagagem sofre nos aeroportos.  Ainda sobre a estrutura da mala, impermeabilidade virou palavra de ordem.  Os modelos mais comuns são os de poliéster por fora, com PVC e vinil dentro.

As mais resistentes e difíceis de violar, entretanto, são as malas de fibra
(aquelas duras).  O preço é superior, mas a garantia também – dez anos,
enquanto as normais têm de um a três anos.  Vale destacar que existe um
meio-termo seguro: as semi-rígidas feitas de poliéster.

Entre todos os itens, um vem ganhando importância: as rodinhas.  Elas variam de tamanho (as maiores são adequadas para subir escadas), e algumas giram 360° ou têm tecnologia de patins profissionais (in-line).  Nem é preciso inclinar a bagagem para arrastá-la – você anda com ela ao seu lado, alinhada, e não sente o peso. É a lei do mínimo esforço.

Os puxadores acompanham a evolução das rodas.  São muitos os modelos, entre eles os feitos de alumínio, mais duráveis.  Existem ainda os de altura ajustável, de acordo com a estatura do dono.

Aliás, atualmente fabricam-se apenas malas verticais, com duas alças (em cima e do lado).  Saíram de linha os primeiros modelos com rodinhas – aqueles em que a bagagem era puxada na horizontal.  E, para facilitar na hora de andar com várias malas juntas, foi criada a alça-carona, que liga um volume ao outro em uma espécie de "trenzinho".

Opção pessoal
Há quem não ligue para tantos acessórios.  Para alguns viajantes, o único
item que conta é a marca da mala.  Eles são fiéis a empresas tradicionais
como Samsonite, Primicia e Ika.  Para os que não fazem questão de nome, há outras como as brasileiras Lansey e Sestini e a japonesa Commodare, com garantia de três anos, assistência técnica no Brasil e selo ISO 9002.

Madeira e couro estão caindo em desuso, substituídos pouco a pouco por
tecnologia mais avançada e barata.  Apesar disso, o efeito chique tem
adeptos, que pagam por grifes como Santa Marinella e Victor Hugo. Questão de estilo.

No mundo do turismo de aventura, as opções também são variadas. Esportistas e ecoturistas têm alternativas em lona e náilon, mais joviais e práticas para carregar nas costas.  A Kipling, marca belga há cinco anos no País, foi seguida por fabricantes nacionais no material usado em suas mochilas: o náilon amassado.  Hoje, já se encontram no mercado similares mais em conta, como os da Fico e da Zaino.

Que tal um modelo futurista, em cores fortes, com pintura automotiva ou camuflada?  A mala pode ser apenas um espaço para carregar a sua bagagem.  Ou virar marca pessoal.