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Bonito quer ser mais que destino de ecoturistas

Ostentando o título mais que merecido de Melhor Estância de Turismo segundo o Guia 4 Rodas 2001, Bonito quer mostrar que tem muito ainda a ser explorado.  Para se ter uma idéia, são 75 grutas cadastradas (das quais somente 5 abertas à visitação), mas calcula-se que existam cerca de 500.  Outro dado significativo é o número de leitos oferecidos – 4.100 –, 400 a menos que a capital, Campo Grande.

De acordo com o secretário municipal de Turismo, Henrique Ruas, pessoas de terceira idade, por exemplo, deixam de ir à cidade pensando que lá se encontram apenas atividades radicais. "Mas há passeios, como a flutuação em piscinas naturais, que não exigem esforço do visitante", diz.

O secretário afirma que é preciso "aprimorar a informação em relação a Bonito", pois existe confusão sobre dados básicos como quilometragem (a distância correta de Campo Grande é 300 quilômetros, do aeroporto à avenida principal de Bonito) e condição da estrada de acesso (totalmente asfaltada).

De acordo com ele, não é só: muitos acham que a cidade é "terra de índios" ou que faz parte do Pantanal.  Para o secretário, esses equívocos atrapalham o turista, principalmente o que viaja de lugares distantes. Paulistas continuam sendo o grande público de Bonito.

Com o intuito de tentar sanar esses problemas, foi promovido em São Paulo esta semana um workshop reunindo agências e operadoras especializadas.  O objetivo foi não só reforçar a divulgação como destino turístico, mas ensinar aos agentes a "vender" a proposta de Bonito. "As pessoas não sabem as belezas que existem lá, só vendo para crer", diz Denise Borges, organizadora do evento e promoter do Zagaia Resort Hotel, maior da região.

Novos mpreendimentos hoteleiros na região
Com previsão para início das obras em fevereiro, o resort da Rede Blue Tree será o primeiro de uma lista de vários empreendimentos esperados em Bonito, entre os quais um da rede espanhola Sol Meliá e outro do Grupo Vicunha.

Apesar do progresso turístico, a cidade não quer perder a pose de destino-modelo de ecoturismo correto.  Pretende-se continuar, por exemplo, o trabalho de voucher único, que controla o número de participantes em cada passeio – sempre marcado com antecedência e feito com guia.  Seguem-se, ainda, os conceitos de educação do turista, prevenção de acidentes nos percursos e estudo do impacto ambiental.

Quem for a Bonito neste verão vai encontrar a beleza de sempre, só que agora às vésperas de oferecer mais infra-estrutura ao visitante. Ou uma praia com proposta diferente, como preferem os bonitenses e bonitinhos (nativos e moradores, respectivamente).



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