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Dutty Free agora tem produtos 'Made in Brazil'

As tipicidades do Brasil começam a invadir um território que, até então, era
dominado por estrangeiros: as lojas Duty Free Brasif.  Instaladas nas áreas
de embarque e desembarque dos aeroportos das principais capitais brasileiras– São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Florianópolis e Fortaleza –, elas já começaram a vender produtos nacionais feitos para exportação.

A lista de fornecedores inclui 17 marcas, com mais de 200 itens no total.  
São elas: baralhos Copag, cachaças Araxá, Autêntica, Terra Brazilis e 51,
eletroeletrônicos Arno, bicicletas Caloi, cerveja Bohemia, Chocolates
Garoto, Faemam Estanhos (que fabrica objetos a partir do metal), Guaraná
Antarctica, sandálias Havaianas, meias e cuecas Lupo, charutos e cigarrilhas Menendez Amerino (da Bahia), cosméticos Natura e Previous, biquínis Rosa Chá e café Spress.

Todas as mercadorias levam a etiqueta "Made in Brazil", em que um código de barras tem a bandeira do País impressa.  Outra característica é que, como foram feitos para serem exportados, os produtos têm instruções em português, inglês e, em alguns casos, espanhol.

Em tese, os preços praticados seriam de 20% a 30% mais baixos em reais do que os encontrados em lojas comuns do Brasil, pois estão livres de impostos.   No entanto, como estão em dólar, oscilam conforme o câmbio.  Há desde uma caixa de pé-de-moleques da Yoki por US$ 0,50 a um modelo novo de bicicleta Caloi, a FS 21v Full Suspension, com 21 marchas e componentes de alumínio, a US$ 299.

Fabricantes como a Rosa Chá fizeram questão de reforçar a onda "made in
Brazil" criando peças que exibem o verde, amarelo, azul e branco ou possuem temas nacionais.  A grife feminina expõe uma coleção de moda praia cujo temaé o Brasil, nas formas e nos tons.  Um biquíni sai a US$ 49,50.

Quem também abusa dos motivos brasileiros é a Havaianas, que vende um par de chinelos para adulto a US$ 2,25 e infantil a US$ 1,95.  Já o Guaraná Antarctica apresenta um kit com seis latas do refrigerante e uma camiseta exclusiva da Seleção pentacampeã.  Custa US$ 29.  Uma cachaça Terra Brazilis, em embalagem especial, sai a US$ 13.  

Na opinião do diretor da Brasif, Gustavo Fagundes, "essa é uma oportunidade de dar visibilidade às marcas nacionais", já que "cerca de 40% dos turistas que passam pelos aeroportos do País são estrangeiros". O objetivo, reforça Fagundes, é fomentar as relações com o mercado externo. É claro que o viajante brasileiro pode se beneficiar com a novidade. Comprar uma lembrança para o amigo estrangeiro antes de partir ou mesmo adquirir algo de interesse feito em outro Estado que não o dele.  

O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
(Infraero), Orlando Boni, comemorou a iniciativa. "O aeroporto é a imagem de um país, e nada melhor do que o estrangeiro poder levar um pouco do Brasil consigo." Outro fator a considerar, segundo Boni, é o aumento na arrecadação que a nova medida deverá gerar.  De acordo com ele, 55% das receitas da Infraero vêm de atividades comerciais.  A expectativa do presidente é que esse número atinja, brevemente, 60%.



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