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O medo passou. Brasileiros voltam a viajar para os EUA

Parece que o medo de viajar para os Estados Unidos acabou.  As estimativas do mercado para 2002 são bastante otimistas.  De acordo com a Travel Industry Association of America (TIA), calcula-se que 700 mil turistas brasileiros viajem para a terra do Tio Sam neste ano – o que significa um crescimento de 8% em relação a 2001.

Os meses de dezembro de 2001 e janeiro de 2002 foram uma boa demonstração da retomada, quando registraram-se casos de overbooking em vôos do Brasil para os EUA.  O sócio-diretor da Flot, Antonio Aulísio, revela que os reflexos de melhora começam a ser sentidos. "A reação veio tímida no fim do ano passado, mas chega a ser surpreendente nesse início de 2002." Ele afirma ter levado, pela operadora, em torno de 200 brasileiros para lá somente em janeiro. "Não voltamos aos níveis do fim da década de 90, mas esperamos que a situação só melhore", diz.

Gerente de Marketing da Soft Travel, Ricardo Campos considera o Carnaval um sucesso de vendas para os EUA. "Foi melhor do que no ano passado, superou as expectativas." Outra a festejar resultados é a Trade Tours. "Levamos 400 brasileiros para lá no Carnaval; o mercado está bem aquecido", diz a gerente comercial, Sílvia Almeida.

Em 2001, o número de visitantes brasileiros aos EUA caiu 12% em relação a 2000, quando esperava-se um crescimento superior a 10%.  Isso não só por causa dos atentados de 11 de setembro.  Outros fatores como a desvalorização do real, a alta do dólar e a crise na Argentina influenciaram a queda de viagens.

Mas, com a retomada gradual do sentimento de segurança do turista para
viajar aos EUA, o mercado turístico ferve em promoções.  O gerente de
Marketing Internacional da TIA na América Latina, Luiz de Moura, fala em uma queda de, no mínimo, 40% nos preços de pacotes. "Há casos de preços até 80% mais baixos", acrescenta.

A hora é esta.  Preços devem aumentar
Outra vantagem é a forma de pagamento, de até dez vezes sem juros, com
parcelas fixas em reais.  Agências como Flot, Soft Travel e Trade Tours têm
pacotes semelhantes para Orlando.  Uma semana, com parte aérea, hotel e carro alugado, custa pouco mais de US$ 600 por pessoa, nessas condições de pagamento.  E, como não há prazo definido para o fim dessa onda de promoções, recomenda-se aproveitar o momento para viajar. "A hora é essa, pois os preços devem voltar ao normal", diz o presidente da Stella Barros, Luiz Barros.

Além de oferecer preços imbatíveis, as agências já preparam novidades.  Numa
parceria formalizada em meados de 2001 – a See America Vacations –, cinco
operadoras nacionais (Agaxtur, Designer, Flot, Soft Travel e Trade Tours) e
empresas de turismo americanas buscam desenvolver novos destinos por lá.  Como se sabe, os Estados Unidos são conhecidos pelos brasileiros,
principalmente, por Flórida, Califórnia, Nova York e Washington.

A estratégia da See America é agregar destinos pouco divulgados – como
Arizona, Filadélfia e Nevada – aos mais tradicionais.  Novos pacotes onde,
por exemplo, quem vai a Nova York e Washington estica até a Filadélfia
entram no leque de opções das agências.  Quem resume a idéia é Ricardo
Campos, da Soft Travel: "Queremos diversificar e vender os Estados Unidos como um todo."



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