'O Senhor dos Anéis', o filme, a viagem
Em todos os cantos do mundo existem fãs da trilogia O Senhor dos Anéis. O
sucesso de vendas dos livros de J.R.R. Tolkien e de bilheteria das
adaptações para o cinema não deixam dúvida. Mas apenas dois países podem
saciar o desejo daqueles que gostariam de estar mais perto de lugares que
têm tudo a ver com o autor e sua obra. Inglaterra e Nova Zelândia, a "casa"
do escritor e o cenário do filme, respectivamente.
Para descobrir onde John Ronald Reuel Tolkien passou a infância, escreveu grande parte de seu épico e lecionou durante três décadas deve-se ir à Grã-Bretanha. Começando pelo vilarejo de Sarehole, ao sul de Birmingham, onde o tão adorado autor cresceu. A trilha continua por Wake Green Road, sede da casa em que Tolkien viveu e que agora é uma residência privada. Já Moseley Bog figura como a Antiga Floresta da versão cinematográfica da história, com suas árvores que, dizem por lá, também se movem.
Outra fonte para a imaginação do autor foram as Colinas de Malvern. Era lá, entre os condados de Herefordshire e Worcestershire, que ele costumava passar momentos de reflexão. Fala-se que as Montanhas Nevoentas onde Bilbo Baggins encontra Gollum ficam neste pedaço ao oeste da Inglaterra. Mais uma paisagem inspiradora está em Lancashire, exatamente no Vale de Ribble, noroeste do país. Este seria nada menos que o cenário campestre que deu origem à Middle Earth, palco das aventuras do filme. Mas o ponto alto do tour ocorre diante da torre Edgbaston Waterworks. Acredita-se que daí surgiu a inspiração para a criação de As Duas Torres de Gondor, segundo volume da trilogia.
E uma cidade essencial para os ávidos pelas histórias desse brilhante
professor: Oxford. A partir de 1911, Tolkien estudou, lecionou, pesquisou e
escreveu no Exceter College. No Museu de Oxford, trajes acadêmicos, objetos
e cartas pertencentes ao mestre. Para encerrar o mergulho por este mágico
universo, uma visita ao seu túmulo, no Cemitério de Wolvercote.
O pano de
fundo
Entretanto, tudo de fabuloso que Tolkien imaginou ganhou vida num país
longínquo. Segundo o diretor do filme, Peter Jackson, "a Nova Zelândia é uma
paisagem impressionante, mas com uma pequena ajuda extra do computador se
transformou em Middle Earth". Entre as localidades escolhidas para as
filmagens, se destaca a beleza selvagem de Nelson e suas montanhas, que
renderam locações memoráveis.
Wellington, a capital do país conhecido como meca dos esportes de aventura, serviu de base para a produção do filme. Muitos locais foram usados, como Rivendell e Minas Tirith. Outro nome que você deve guardar é Canterbury, cujo rio aparece na trama e representa a região de Rohan.
E quem não se recordaria da terrível terra de Mordor? O Parque Nacional
Tongariro faz as vezes desse local, com seus vulcões e terremotos. Perto da
cidade de Hamilton, Matamata se transformou na localidade perfeita para
Hobbiton, vila dos hobbits. Montanhas verdejantes e um pequeno lago – não há como esquecer dessas cenas na grande tela.